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Panteão Primordial

A religião conhecida pelo culto ao Panteão Primordial valida o Mito da Criação do Mundo com a ressalva de que a primeira parte, denominado Cosmo, Thales (Thalea), Arlen e Nikko (Nixie) são considerados as únicas entidades que participaram ativamente da criação do planeta e, portanto, as únicas dignas de veneração. As demais entidades nada mais são do que apenas criações dos Primordiais que fazem parte do mundo e que foram feitos da mesma substância e forma de Matéria e Energia que os demais seres vivos no Plano Físico. Da mesma forma, essa religião prega que os seres vivos também são feitos da mesma natureza dos deuses, mas que, por serem partes menores, não possuem os poderes e capacidades semelhantes.

Quando uma criança nasce, acredita-se que sua energia vital vincula-se à um dos deuses. Mas como é inevitável que mudanças aconteçam só pode-se ter certeza do seu patrono após a criança completar o seu primeiro ano de vida. No seu primeiro aniversário, na presença de clérigos e famílias, um rito cerimonial de revelação do patrono é realizado. O sangue do bebê é tirado com uma agulha, geralmente do dedo, e pinga-se quatro gotas em quatro diferentes frascos com um líquido turvo, denominado Essência. O frasco que tiver a cor alterada em contato com o sangue revela o patrono.

A única forma aceita de domínio de Magia é aquela que provém da habilidade concedida pelo Patrono ou, excepcionalmente, por outro Primordial. A habilidade só é condida por meio de um Vínculo que pode ser uma benção, uma conexão específica ou uma profecia ditada por um mensageiro do Patrono ou por ele próprio. A cada aniversário, um rito de comunhão com o patrono é realizado. Durante o rito, o aniversariante deve escolher um local silencioso, quieto e que permita que ele entre em contato com pelo menos um dos elementos de domínio de seu patrono (embora mais de um seja o melhor). O único acompanhamento autorizado é um Clérigo do Panteão. Esse oferecerá o chá de Hera Primordial e entoará um cântico enquanto o indivíduo fecha os olhos e se concentra para tentar estabelecer uma conexão com seu Patrono. O sinal de que a conexão foi estabelecida pode ser um sonho, uma sensação diferente ou um sussurro de uma voz desconhecida. Durante essa conexão o aniversariante pode receber um Vínculo, estabelecendo uma conexão mágica com alguma fonte de Energia. No entanto, e o que acontece em muitos ritos, não é estabelecida conexão nenhuma, o que é interpretado como o momento inadequado para tal contato ou apenas como não parte do destino do indivíduo. O vínculo e a conexão mágica é a única forma aceita de dominar Magia dentro dessa religião, quaisquer outras formas são consideradas profanas.

Como pessoas de mesma família tendem a apresentar os mesmos patronos, assume-se que um filho fruto de um casamento entre indivíduos da mesma família possa alterar a ordem do fluxo de Energia entre os Planos influenciando no resultado do teste da Essência. Isso aumentaria, por exemplo, de forma não proporcional o número de afilhados de uma entidade, o que geraria desequilíbrio. Portanto, casamentos entre indivíduos da mesma família não são bem vistos; o mínimo aceitável é entre indivíduos de parentesco de quarto grau. Gênero e sexualidade, no entanto, são assuntos indiferentes nessa religião, uma vez que não diz respeito à hereditariedade e linhagem sanguínea. Casamentos poligâmicos não são comuns, no entanto, também é um assunto indiferente dentro dessa religião.

Os ritos matrimoniais acontecem em templos destinados à um ou dois deuses (que sejam correspondentes aos patronos dos cônjuges). O rito é realizado na forma de união de sangue, em que uma gota de sangue de cada um dos cônjuges é pingada em uma vasilha com Essência neutra e oferecida aos deuses para que a união seja abençoada. A oferenda também envolve elementos relacionados aos deuses em questão e à um momento de oração, precedido pela ingestão de alimentos e bebidas com extratos de plantas sagradas. Ao fim do rito e comemoração, os cônjuges também podem tentar realizar um contato breve com o patrono, visando a busca de orientação em relação ao casamento que se inicia. 

Nessa religião o sangue é o líquido com maior concentração de Energia de um ser vivo. É também a fonte de Energia que é bombeado pelo coração e garante à vida às formas de vida baseadas em carne. Como as plantas não possuem sangue, elas não são vistas como fontes da mesma Energia que os animais e outros seres vivos, porém podem ser fontes de atração da Energia de forma a purificar o sangue e os corpos, assim como ambientes. Assim, todos os ritos religiosos envolvem a ingestão de bebidas e alimentos baseados em plantas. A utilização das plantas sagradas com fins medicinais só é considerada viável quando orientada por alguém que tenha estabelecido vínculo com um deus, uma vez que a manipulação da energia na purificação é considerada como uma forma de Magia.

Panteão Primordial:

Cosmo, o primeiro criador. Deus das profundezas e guardião do portal eterno. 

Neutro

Domínios: Terra e Fogo (calor das profundezas).


Thales/Thalea, Deus da Terra e dos Mares.

Leal Bom

Domínios: Terra, Vida e Água.


Arlen, Deus dos Ventos, da Tempestade e das Estrelas.

Caótico Mau

Domínios: Ar, Luz e Fogo (calor das estrelas).


Nikko/Nixie, Deus da Noite e dos ciclos de Vida.

Caótico Bom

Domínios: Noite e Vida.


Obs.: Os Deuses não possuem gênero, visto que são compostos de matéria e energia fluidas. Portanto, muitas vezes Thalea e Nixie são referenciadas por Thales e Nikko, de acordo com as preferências de quem escreve o texto em questão.

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