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Okoa

O grupo étnico Okoa (/ôukoa/) é fortemente baseado no senso de comunidade e família. Os Okoa fundadores descendem dos ancestrais de humanos que surgiram na Era da Criação e que anteriormente viviam nas terras à leste das Montanhas Carborior. Ao longo dos anos, expandiram-se para as terras à oeste da cordilheira e ao sul. Por muito tempo viveram em sociedade com as outras etnias humanas, mas após serem atacadas pelos Índigos na Grande Guerra Humana recuaram para a região da Cordilheira Carborior, e isolaram suas cidades e vilas. 

Os Okoa valorizam as habilidades manuais na produção de alimentos, seja homem ou mulher, e os parceiros ideais são aqueles que fazem questão de desempenhar as suas funções e responsabilidades presentes na comunidade. Cada indivíduo é considerado importante para a manutenção da sociedade. Devido à política estrita de isolamento das demais culturas, criou-se uma ideia de austeridade e preconceito para com as outras etnias, principalmente os Índigos. Embora os mais novos desejem conhecer novas terras e culturas, os mais velhos fazem questão de contar histórias sobre traidores e da arrogância dos Índigos.

As cidades e vilarejos localizam-se próximas aos afluentes do Rio Althers, no Vale dos Cristais, na Cordilheira Carborior e nos Morros Diamante e são governadas por um sistema oligárquico de clãs, o Conselho, representados por integrantes dos cinco clãs (Anhanaki, Nionwoa, Taacheq, Trezqo e Apall), e que mantém a ordem estrita de isolamento da comunidade. Cada cidade ou vilarejo possui um líder local que se reporta ao representante regional, que se reporta aos anciões do seu clã. 

O clã Anhanaki (/a-nhã-na-ki/ que na língua Okoa significa “estrela negra”), é o mais antigo e mais populoso. São autossuficientes no que tange produtos alimentícios, caçando, coletando, plantando vegetais e criando animais. Exportam e comercializam lã e produtos têxteis manufaturados, assim como produtos naturais. Compram e comercializam minérios e outros produtos extraídos das montanhas com os comerciantes que passam pelo Vale dos Cristais. Coletam e armazenam água da chuva na estação úmida e na estação seca a utilizam para irrigar os cultivos e dar de beber aos animais. Para consumo próprio, coletam água de alguns rios perenes que serpenteiam pelo Vale.

Os visitantes são recebidos com olhares cautelosos, curiosos e cochichos no seu dialeto. Se os viajantes conquistarem sua confiança, Okoa lhes convidam a experimentar as iguarias das montanhas: assados de carneiro (que eles criam nas montanhas) ou de marmota (que caçam), queijo de leite de ovelha, saladas e doces feitos com frutos e vegetais, caldos de raízes e sucos de frutos de gosto adocicado. Vestem-se com vestes leves e coloridas: túnicas, vestidos acinturados de mangas largas, blusas de mangas compridas decoradas com fios de prata e calças ou saias decoradas e bordadas. Os que moram em regiões mais frias e altitudes elevadas utilizam casacos de lã também decorados. Nos pés usam sandálias ou sapatos de couro. Quem possui cabelo comprido, utiliza-os geralmente enfeitados com tramas, flores ou adereços dourados. Muitos possuem tatuagens e pinturas em cores brancas ou prateados nos braços, pernas, rosto e torso. Gostam muito de adereços com cristais e os utilizam em vestes e cabelos em datas especiais ou comemorações.

É um povo muito ritualístico, cultuam o Panteão Celestial, em especial Nixie, a Deusa da Lua, e celebram os solstícios e equinócios com festas que duram três dias. A magia é normalizada para fins ritualísticos, de defesa e de medicina. O feminino é valorizado como divino, e a capacidade de dar luz a uma vida nova é visto como uma dádiva de Nixie – a qual também é considerada a deusa da fertilidade para os Okoa. Toda vez que uma criança Okoa nasce é organizado um dia de celebrações que envolve fartura e oferta de presentes à família da criança. A criança é apresentada à comunidade adornada de tecidos leves prateados. No final do dia todos se reúnem em roda para um cântico em homenagem à Nixie. As matriarcas e os anciões assumem a educação das crianças até que essas completem 16 anos, que é o momento considerado o início da vida adulta na comunidade. Já cuidados como alimentação e saúde, assim como o ensino das habilidades ligadas ao lar são responsabilidades dos pais. Não enxergam a morte como algo temível e buscam compreendê-la como o fim de um ciclo e viver suas vidas de forma a aproveitar o máximo da vida que sua Deusa lhe proporcionou – isso inclui aceitar as diferentes emoções como parte da experiência de vida. Dessa forma, rejeitam tudo que os impede de o realizar ou de viver e experienciar a vida de forma plena.

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